Um fala alto demais. Outro é mudo quando acorda. Tem aqueles que possuem o riso solto e os que não suportam o barulho. Há quem acorde às 7:00 da manhã e vai dormir às 21:00 e quem não consiga levantar antes do almoço por amar a madrugada. Tem também quem sempre emite sua opinião e quem nunca fala nada. Uns se incomodam com os atrasos, outros nunca chegam no horário. Tem quem prefere doce e quem ama o salgado. Essa, é a vida em comunidade!
Que desafio escrever sobre. Eu já recomecei esse texto pelo menos seis vezes. Para mim, a comunidade está longe de ser um conceito fácil de descrever, mesmo que se encontre diversas explicações a respeito nos dicionários disponíveis para consulta. A comunidade que eu acredito não é explicável, ela é viva, dinâmica, difícil de colocar em palavras.
Pra começar
Apesar de não conseguir conceituá-la precisamente e também não conseguir esgotar tudo o que se tem a dizer sobre, vou arriscar fazer, consciente de que tudo o que for dito, será insuficiente! Então, pelo menos para começar, vou me ater a três características que considero fundamentais: a comunidade é um espaço de diferentes, de aprendizado e de perdão.
Comunidade: um espaço de diferentes
Ao contrário do que muitos acreditam, a comunidade não é feita de pessoas iguais, que pensam da mesma forma, isso não existe. Se tem algo em que Deus se esforçou para fazer, foi garantir que todos fossemos diferentes, que nos relacionássemos com a vida de jeitos diferentes e que, esses diferentes se relacionassem entre si.
Comunidade: um espaço de aprendizado
Por ser um espaço de diferentes que interagem entre si, é que é um espaço de aprendizado. Com o igual não precisamos aprender, apenas repetir o que já sabemos. Quando diferentes interagem, são necessários acordos onde, deixamos um pouco de nós no outro e levamos um pouco do outro em nós. Nesse espaço compreendemos que as pessoas pensam, sentem, entendem e interagem com a vida de modos diferentes dos nossos, mesmo que acreditem em coisas parecidas.
Comunidade: um espaço de perdão
Assim, o imperativo precisa ser o PERDÃO e não o ACERTO. Diferentes jeitos de entender e experenciar a vida nos ensina o quanto Deus é gracioso e que toda forma de vida importa, porém, gera conflitos. Só o perdão é capaz de sustentar essa relação de diferentes. Logo, a comunidade nos ensina que não somos perfeitos e provavelmente, não seremos, por isso a cruz. A cruz ensina que somos incapazes de acertar e por isso Deus escolheu se relacionar conosco através do perdão. À medida que essa misericórdia nos alcança, estendemos ela às nossas relações, já que partilhamos da mesma condição, só assim, a relação se torna possível.
Vida em comunidade se VIVE!
Tais pilares, são fundamentais, porém, insuficientes para explicar de forma completa a comunidade, porque a mesma, não é para ser explicada e sim vivida. Nada do que for escrito explicará na essência o valor de dividir a vida com pessoas diferentes, de forma integral e intencional, e ser transformado por esses encontros. É na experiência cotidiana que os nossos corações entendem a grandeza dessa troca e o quanto somos enriquecidos e agraciados pelo privilégio de ganhar marcas de outros em nós.
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Por Gisele Nass – mentora e tutora da UniMissional
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