A ansiedade sob a ótica cristã

Quando paramos para analisar a ansiedade por uma ótica cristã, novamente inúmeras perguntas surgem em nossa mente, acredito que a primeira delas é a seguinte: um cristão pode ter ansiedade?

Para alguns, essa é uma pergunta incabível. Como pode um cristão, alguém que confia em Deus, ter medos e preocupações tamanhas que permitam que isso paralise sua vida? Que tais fatores influenciem e até determinem o modo de vida que teremos a partir do momento em que descobrimos que somos ansiosos.

Sim, todos somos ansiosos; percebi com o tempo que a ansiedade não é apenas um estado. E como lidar com essa realidade? Mas você pode e vai perguntar, então, por que eu não sofro com isso? Por que não sou gravemente afetado?

Será que a ansiedade é um estágio de fraqueza, de adoecimento espiritual? Será que ela nos mostra a nossa falta de fé em Deus? Ou a limitação de nossas mentes?

Particularmente eu diria que a ansiedade não vem para mostrar nossas falhas e limitações em relação a confiança em Deus, mas vem para mostrar nossa incapacidade de depender e esperar por ele.

Vejamos de um parâmetro bíblico o que é ansiedade. O ser humano é essencialmente orgulhoso e tem a ideia e objetivo de independência, e, como consequência, a liberdade de toda e qualquer ordem ou comando de outras pessoas que não seja ela mesma.

Sim, queremos ser os nossos próprios donos, donos dessa vida que achamos que estamos vivendo, construindo e que nos enganamos achando pretensiosamente que somos donos dela ou de alguma coisa.

Respondendo à pergunta inicial, é possível, sim, que um cristão tenha ansiedade e isso não o fará menos cristão ou o condenará ao inferno. E acredito que essa realidade será capaz de salvá-lo de um inimigo ainda maior: ele mesmo!

O próprio Deus nos sujeitou as coisas desse mundo (Rm 8.20) E colocou as coisas desse mundo assim como suas paixões em nossos corações para que não pudéssemos descobrir seus planos para nós enquanto estivermos aqui nessa Terra. (Ec 3.11).

Com isso não quero dizer que devemos nos entregar a tais sentimentos, muito pelo contrário, o Senhor nos encoraja constantemente a lutar contra isso, e nos dá uma eficaz solução.

Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração.
Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” (Salmos 37:3-5, ACF)

Confiar está longe de ser o caminho fácil, como acreditar a ponto de esperar por alguém que não podemos ver? Parece loucura e de fato é quando não consideramos o fator “FC”.

“Tenha fé em Cristo”, pode parecer uma frase clichê, que todos usam no meio cristão, porém são atitudes que quando tomadas por nós em tempos de crise farão toda a diferença. Nem sempre será imediato o agir de Deus, quando clamarmos a ele, Porém isso não significa que ele não está fazendo algo a respeito ou que não está nos ouvindo.

Por Sarah Moraes – escreve desde os oito anos, sobre a vida e sobre Deus, em canções, poesias, crônicas e cordéis.

Texto se encontra no site Ultimato Jovem https://ultimato.com.br/sites/jovem/?s=A+ansiedade+sob++a+ótica+cristã

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